INTERCEDA COM FÉ E SABEDORIA
E rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e
pelo amor do Espírito, que combatais comigo nas vossas orações por mim a Deus.
Romanos
15.30
Aqueles
que se julgam poderosos em Deus costumam desprezar a ajuda dos seus irmãos em
Cristo. Alguns chegam a achar que uma pessoa, a qual não é usada da mesma forma
que eles, nada tem a lhes acrescentar. É verdade que o ministro do Evangelho
precisa vigiar para que ninguém tente dirigi-lo. No entanto, por ser o seu
irmão membro do Corpo de Cristo, a sua oração tem em Deus eficácia para
auxiliá-lo.
É bom ter
pessoas batalhando conosco em oração. Muitas vezes, o Senhor usa um Ananias –
um dos discípulos de Damasco de quem a Bíblia fala pouco – para orar por um
Saulo de Tarso, que, mais tarde, tornou-se o grande apóstolo Paulo, doutrinador
da igreja cristã (At 9.10,11). Pois bem, esse homem rogou aos seus irmãos em
Cristo que orassem por ele. Acho que Paulo aprendeu a lição quando estava cego
em Damasco.
Ao sentir
que deve pedir a alguém que ore por você, por que não fazer isso? Caso lhe
venha o desejo de solicitar a toda congregação que interceda em seu favor, não
se acanhe, peça-o. Aja da mesma maneira se desejar clamar por alguém, quer ele
tenha pedido ou não. Agora, nunca faça isso por fazer, pois não se brinca com a
obra de Deus nem com a fé das pessoas.
Para o
apóstolo, isso era tão importante, que ele fez o pedido por nosso Senhor Jesus.
Ora, não seria uma dica para termos a mesma atitude? É maravilhoso ver como
agiam os servos do Senhor no passado. Sem dúvida, conheciam alguns segredos os
quais também precisamos saber e usar. Quem almeja crescer em Deus e ser
instrumento nas mãos dEle deve esforçar-se para que a sua justiça exceda a dos
fariseus e saduceus (Mt 5.20).
A súplica
de Paulo foi mais além: também rogou pelo amor do Espírito Santo. Ao usar tal
termo, ele demonstrou que se trata de um assunto muito sério. Por isso, jamais
brinque de pedir oração. Alguns fazem isso como uma maneira de pôr fim a uma
conversa, ou para as demais pessoas os considerarem espirituais. Quem procede
desse modo não pode ser abençoado, ainda que muitos supliquem por ele.
A oração
do salvo é poderosa. Elias, que era sujeito às mesmas paixões (Tg 5.17), clamou a Deus até o menino morto dar sete espirros (2 Rs
4.33-35). Em outra ocasião, ele orou sete vezes até se levantar do mar uma
nuvem pequena do tamanho da palma da mão (1 Rs 18.44). Ao interceder por alguém, veja nessa oportunidade
uma parte do seu ministério. Jamais ore por obrigação ou para dar satisfação a
quem rogou pela sua intercessão.
Paulo falou que eles
deveriam combater em oração, e não fazer uma simples súplica. Antes de afirmar
que vai orar por alguém, certifique-se do motivo da oração. Então, havendo
acordo entre vocês, entre na batalha para vencer. Se clamar sem mencionar
aquele por quem está orando e a razão, não haverá resposta dos Céus.
Em
Cristo, com amor,
R. R.
Soares
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